segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Dia da Consciência Negra em Cidade Tiradentes – 2ª edição- (A resistência continua)


Projeto Panteras Negras SP

Apresenta:

Dia da Consciência Negra em Cidade Tiradentes II

“A resistência continua”


Apresentação:

O Projeto Panteras Negras, orgulhosamente apresenta a segunda edição do Projeto Panteras Negras, Dia da Consciência Negra em Cidade Tiradentes – 2ªedição, com o tema: “A resistência continua”.

O Projeto Panteras Negras é uma ação voluntária e coletiva , idealizada e produzida pelo coletivo Panteras Negras em 2012 e que sua 2ª edição neste ano de 2013, executada com a participação ativa de pessoas e entidades da Cidade Tiradentes, além de outras convidadas. Muito além do interesse de celebrar uma data, muito além de ser um mero feriado, é a evocação do espírito guerreiro de Zumbi e um grito de resistência contra a opressão capitalista.

A comunidade Pobre, Preta e Periférica segregada historicamente, racialmente e socialmente, onde a imposição capitalista se faz presente na triste realidade desta população, que é empurrada para as beiradas das cidades, que continua sua saga, sua luta por igualdade social e por direitos dão de cara diariamente com a limpeza étnica, promovida pelo capital. Mesmo assim nunca desiste de sonhar, de lutar e se reinventa diariamente, para poder enfrentar esta situação, buscando por meio da educação, do esporte, da cultura, armas para lutar contra a imposição da mídia burguesa que alimenta o sonho de consumo impossível de jovens jogados para fora deste mundo.  Esta situação piora, quando os jovens, apartados das possibilidades de inclusão social e material, acabam dramaticamente escolhendo o crime como meio de satisfazer seus anseios e necessidades tendo como consequência a justificativa para os “justiçamentos” promovidos pela polícia e pelo os Estado contra a população preta e pobre, transformam-se em meros dados estatísticos.

A resistência criativa do negro que encontra na sua ancestralidade, sua identidade cultural, sua história de luta. Sua arma é a própria cultura, sua identidade, a ancestralidade de Zumbi, nobre guerreiro, símbolo de luta pela liberdade, contra os capitães do mato pós modernos, genocidas fardados, que causam medo, sobretudo nas periferias.

As cores e a alegria da cultura afro-brasileira, combate à carrancuda e violenta imposição armada do capital, que por meio de um grande evento que reunirá em um só local, shows, grupos de dança, feira de cultura afro-brasileira, capoeira, exibição de curtas metragens, feijoada, orixás, oficinas e serviços para a comunidade de Cidade Tiradentes.





Objetivo

Este evento objetiva evocar a figura do guerreiro dos guerreiros, Zumbi dos Palmares. Celebrar o candomblé, a capoeira, a comida, a dança e a música afro-brasileira, bem como o hip hop, o rasta fari, o break e arte rueira da juventude negra da periferia. Celebrar esta que é por excelência é uma das datas mais importantes da História brasileira, ainda que injustamente celebrada apenas em São Paulo. Tal evento tem a função de aglutinar várias manifestações culturais, movimentos sociais vinculadas a questão da mulher, da criança e do proletário negro. Dia de protesto, de luta, como os  Panteras Negras de punho esquerdo levantado, com faces sisudas olhando ao chão, pintado de vermelho, o vermelho da revolução, o vermelho da paixão, o vermelho do sangue do jovem morto pela ROTA.

Enfim, o Projeto Panteras Negras SP, por meio desta grande festa  convida a todos da comunidade a participar não só de uma celebração, mas de mais um dia de protesto, um ato contra a desigualdade, a exploração e o genocídio promovido pelos donos do capital contra a população preta brasileira.



Justificativa                                                                       

Entendemos que este evento é mais um entre tantos que ocorrerão na cidade de São Paulo nesta semana de 20 de novembro, contudo a Cidade Tiradentes, assim como outros distritos periféricos de São Paulo, que abriga uma maioria esmagadora Preta é vítima e resultado da segregação promovida pelo capitalismo, por meio da especulação imobiliária, da higienização racista praticada por uma polícia doutrinada para ter como suspeito, em primeiro lugar o preto, gerando violência, morte, sofrimento e revolta nas populações periféricas que já são vítimas do perverso plano de hierarquização social e racial que o sistema capitalista promove a ferro e fogo.

Como já dito trata-se de um dia de chamamento para a comunidade discutir e refletir sobre seu papel na sociedade. Um dia de lazer, cultura e esporte. De evocação dos orixás e da ancestralidade africana da população de Cidade Tiradentes, mas principalmente um protesto pacífico, mas não tão pacifista.



Programação dia 20/11/2013:

Os portões da CEU Água Azul serão abertos para as celebrações do dia 20 de novembro pontualmente às 8:00.

Veja a seguir a programação:

Dia da Consciência Negra em Cidade Tiradentes – 2ª edição-

 (A resistência continua)

LOCAL:  CEU Água Azul - Avenida dos Metalúrgicos - 1262, Conjunto Santa Etelvina II, Cidade Tiradentes.

Programação

Área coberta (quadra)

8:00 – abertura de 2º torneiro de Basquete infantojuvenil da Consciência Negra _ Coordenação - Prof. Fernando – CFB -  Centro de Formação de Basquete.  Até 17 horas. Local – Quadra Coberta.

(Anfiteatro)

10:00- Debate , tema: Preto ou Negro? E uma leitura sobre a aplicação da  LEI 10.639. com participação de : Ana Paula (pedagoga e professora da rede Pública), Wellington Góes (sociólogo, professor e militante do coletivo Força Ativa), Tito “Panthers” (Advogado e Militante do Coletivo Força Ativa), mediação de Guto (graduando em ciências sociais, coordenador e produtor cultural do Projeto Panteras Negras).



12:00 Almoço

13:00 – Seminário sobre vida e obra de Clóvis Moura, com Walber Monteiro que é estudioso da vida de Clóvis Moura (Núcleo de pesquisa Clóvis Moura- Fesppreto).

14:00 – apresentação do Grupo Teatral Cangaruçú, com “Cortejo Afro” (Coordenação Angela Moura – Dep. Cultura do CEU Água Azul).

15:00 – 1ª monstra de curta metragens produzidos por pretos e pretas da Cidade Tiradentes com grupo LOVE C.T e com DANIEL HILÁRIO. Apresentação: Luiz Henrique (subprefeitura de Cidade Tiradentes)

17:00 –   2º festival de Rap da Consciência Negra , no anfiteatro do CEU Água Azul, com grupos: Fantasmas Vermelhos, Sankofa, Extremo Leste Cartel, As trincas, Apocalipse Urbano, MC quilombola, TLDR, Juntas na Luta, ADR e Caiuby,  entre outros. Organização: Fórum HIP HOP. 


LADO EXTERNO

9:00 – início

Atrações durante todo o dia com:

·         Projeto Maravilha reciclar, Feira de artesanato (ONG Videiras – Coordenação, dona Divani Andrade)

·         Encontro de escolas de capoeira – (Coordenação Guto- Projeto Panteras Negras)

·         Exposição e fotos da cultura afro-brasileira, Feira de artesanato e de cultura afro brasileira, roupas e comidas típicas afro-brasileiras, (coordenação cultural- Cristiane Laudemari, Núcleo de Pesquisa Clóvis Moura).

·         Stands e oficinas itinerantes AfroEscola Laboratório Urbano e Odé Amorim. O artista e oficineiro Rogério Amorim, estará registrando impressões das pessoas que passarem pelo espaço para futuras publicações fanzines (digitais, sonoros e visuais); - estará também fazendo intervenções de afrocontação de história, bem espontâneas, para contemplar o Festival HADITHI NJOO  e muito mais...

         www.festivalhadithinjoo.blogspot.com.br,  (projeto afro-escola –              Coordenação Rogério Amorim)

·         Dança afro (escola de dança afro MOKUTI)

·         Aula pública  e Stand do MPL (Movimento Passe Livre), para distribuição de material informativo sobre a questão do transporte público e da mobilidade para a população preta. (Coordenação – Deyse

10:00Promoção à Saúde Coletiva 
Orientação sobre DST/AIDS  e distribuição de informativos e preservativos
Orientação sobre saúde bucal e distribuição de kits para higiene bucal e informativos impressos.
Coordenação: Supervisão de Saúde de Cidade Tiradentes .


·         16:30 – Encerramento das atividades na parte externa.



ENTRADA GRATUITA


REALIZAÇÃO :

PROJETO PANTERAS NEGRAS



APOIO:  LADO ESQUERDO, NÚCLEO DE PESQUISA CLÓVIS MOURA, PROJETO AFRO-ESCOLA TELECENTRO GRÁFICOS, FORÇA ATIVA, FALA NEGÃO, MOKUTE, SUPERVISÃO DE SAÚDE DE CIDADE TIRTADENTES , ASSOCIAÇÃO VIDEIRAS,  FORUM HIP HOP, COMITÊ CONTRA O GENOCÍDIO DA POPULAÇÃO PRETA- POBRE E PERIFÉRICA, MOVIMENTO PASSE LIVRE, CEU ÁGUA AZUL, CENTRO DE FORMAÇÃO DE BASQUETE, TORTURA NUNCA MAIS.

CONTATO: panterasnegrassp@gmail.com, https://www.facebook.com/panterasnegrassp/photos, ou no tel.: 11-985133297,


quinta-feira, 14 de março de 2013


THE BLACK IS BEAUTYFULL

·            Meus Camaradas, chegou o momento de assumirmos nossos papeis neste momeento crucial em que aluta de classes se torna cada vez mais cruel e empunharmos nossas armas para a luta! 

Outra coisa importante é termos consciência e total conhecimento sobre a causa que lutamos e qual será nossa forma de atuação. Ou seja, quais serão nossas atividades. Por tanto, é preciso que nós tenhamos convicção absoluta de  queremos fazer parte desta luta, que isto é importante não só para a vida de cada um de nós , mas principalmente para a comunidade que estamos inseridos. Isso é vital!!!

                O que é Projeto, Fundação, Coletivo... Panteras Negras ( ou Pretas)?

            Penso que acima de tudo o projeto Panteras Negras SP deva ser um sentimento, um desejo de tranformação, de dever, de combate às injustiças sociais, de denúncia, de enfrentamento por meio da educação, da arte e de projetos que promovam de fato a inclusão social. O projeto Panteras Negras Sp, nãsceu como uma ideia, um nome para um evento comemorativo e se tornou mais do que isso. Tornou-se uma arma, uma forma de combater a segregação social e racial que vivemos em São Paulo. Já nasceu guerreiro, com a função de combatente.

·                    Ser um Pantera Negra é não aceitar as injustiças. É lutar pela revolução social e pela emancipação do homem diante do capital. É lutar contra o racismo , lutar por mais educação , mais cultura , lazer e esporte para nossos irmãos. Lutar contra o genocídio de nossa raça, promovido pelo Estado. Lutar pela valorização da história e da cultura afro-brasileira. É estar sempre estudando sobre a história dos nossos antepassados, na nossa mãe África e do negro nas Américas, para que possamos construir uma história melhor para nossos descendentes. É acreditarmos no discurso sim , mas estarmos sempre ativos. É aliar força com movimentos sérios que estejam na mesma luta que nós e trocar experiências. É sermos acima de tudo conhecedores de nossos direitos, mas principalmente, questionadores dos deveres para com este modelo de Estado opressor, capitalista, que nos coage a ser subservientes, entregues a submissão de uma classe sobre outra, de uma raça sobre outra, de uma país em relação a outro. Devemos ser desafiadores das autoridades e isso só se alcança com conhecimento e dedicação ao movimento e principalmente aos estudos. O soldado que serve à revolução não obedece a ordens e sim seu coração,  tenhamos antes de fuzis, conhecimento para enterrar o discurso dos dominantes. Mas se preciso, devemos saber atirar, com as mesmas armas que a burguesia branca nos ataca. Sejamos amigos de quem é nosso amigo, e odiemos quem nos odeia. Tenhamos orgulho de nossa pele, de nosso cabelo crespo, , de nossos lábios , de nossa história , somos lindos, saibamos disso!!! Deveremos ser duros sim, mas sem perder a ternura, sobretudo com as crianças e com nossos velhos. Mostremos nossas garras e nosso cabelo crespo, e quem achar ruim, mostremos o dedo do meio, e daí, a luta é assim. Sejamos Panteras Pretas, no luta contra a opressão. Para quem ainda duvida, estamos ativos e na luta, e quem quiser fazer parte desta luta, a hora é agora, não é amanhã. Entre em contato, de ideias, sugestões, construamos todos juntos a revolução!!!

Todo o poder ao povo!


Guto Panthers

Eventos mais importantes na ZL , na semana do HIP HOP








quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013

Meus camaradas , a baixo seguem algumas reflexões acerca de declarações feitas sem sala de aula  de maneira desastrada,  pelo professor Rodrigo Estramanho, durante a aula de História do desenvolvimento político do Brasil. Foi muita coisa, mas cometarei só algumas pérolas.

Gostaria de não precisar comentar suas falas, pois elas já falam por sí. No entanto é impossível deixar tamanha aberração passar em branco.

Uma pessoa que ocupa a posição de formador de opiniões, que esta em situação de poder, de autoridade em uma sala de aula deve medir melhor as consequencias de suas falas e atos. Sobre a carapassa de sociólogo, um ser acima das ideologias, o referido professor usa tal poder para confessar sua fé e de certa maneira fazer parecer que qualquer outra linha de pensamentoto de liberdade de expressão.

Ele pode e deve confessar suas fé no sistema liberal, pois tem a liberdade para tanto , no entanto não passa a vontade de sutilmente tentar ridicularizar o socialismo e toda a ideia de igualdade social que tal sistema propõe. Talvez isso explique quando ele diz: "sim ! Sou liberal!", "Sou contra as cotas raciais. Na verdade, sou a favor de cotas sociais". 



"Por que só negros devem ser beneficiados por estas cotas racistas"?


ORA! QUEM MAIS DEVERIA SER CONTEMPLADO COM ESTAS LEIS ALÉM DE INDÍGENAS E NEGROS? Historicamente são os povos que merecem no mínimo este ato como forma de reparação histórica, por todos os crimes cometidos pelos brancos contra os negros e indios, nestes mais de 500 anos de história do Brasil. É uma , dentre tantas outras formas, de inserção social. Não acaba com o preconceito, mas dá uma possibilidade de inserção social que antes não havia.

Uma semana depois, o mesmo professor , me diz que nem é contra nem é a favor de cotas raciais e que é apenas a favor de cotas sociais e não quis participar de debate diante de militantes do movimento pro cotas, alegando que só o faria se este tivesse pessoas de nível academico ou algo produzido no tema, pressupondo que a discussão deste tema só terá relevancia se tiver academicos pensando a questão , desqualificando quem por ventura já for militante da causa e logo , por sua vez, vasto conhecedor do assunto.


O mesmo professor diz que os índios desejam viver como os homens brancos , urbanos. Como ele pode afirmar uma merda destas? Será que ele conversou e ouviu todos os índios do Brasil falar isso?
Assim como o Jeca Tatu tornou-se o estereótipo de homem do campo, do caipira, a figura do índio Sapaim, o famoso curandeiro virou motivo de xacota do professor , que tentava conduzir sua aula, do último dia 20 de fevereiro , defendendo que o indígena quer no fundo ser e ter as coisas  do homem branco, pressupondo que o estilo de vida urbano -ocidental será superior ao do modo indígena de viver, mais comunal. Como um liberal, ele pressupoe que todos querem ser liberais e que inclusive os índios o querem. Não acredito que Eduardo Viveiros de Castro , antropologo especialista na questão indígena o Brasil, ou meu ex professor de antropologia, Gabriel Pugliese compartilhem desta baboseira. O que esperar de um cara que exalta Gilberto Freire e Monteiro Lobato?

 E por fim o "professor" diz: As periferias das cidades brasileiras não são compostas predominantemente por negros e sim por pobres. (!?) 

ORA! E QUEM É QUE FORMA ESTA MAIORIA DE POBRES VIVENTES NAS PERIFERIAS, SE NÃO OS NEGROS?! Sim, há brancos nas periferias, mas o negros formaram e ocuparam as perifrias as favelas e conjuntos habitacionais em todo o país. Os negros ficam alheios ao direito ao lazer , cultura, esporte , educação e trabalho, morando nasperiferias. O projeito de direito de gozo de uma constituição liberal , no Brasil da 1ª República , não preve a participação do negro. Os  iatlianos, armenios, espanhois, alemães e japoneses, conquistaram direitos de cidadãos brasileiro após muito pouco tempo depois de sua chegada ao país. Não só o direito de ser cidadão , mas tamém de ser proprietários de meios de produção, de morar em regiões mais centrais , de acesso a educação , ao lazer, a culutra.

Já os negros já residentes nestas terras, não tiveram possibilidade de se integrarem como cidadãos. Talvez o exercito tenha cido o primeiro lugar onde os negros tenham tido alguma oportunidade na vida.
Já foi diversas vezes provado por diversas instituições de pesquisa e estudos sociais de que entre um negro e um branco da perifieria , o negro sempre se encontrará em situação de maior vulnerabilidade

E o prof. Rodrigo continua sua "aula, em defesa do direito da libertadde de expresão segue dizendo ": "Muitos criticam o deputado Bolsonaro, quando o mesmo faz uso de sua liberdade de expressão para dizer o que pensa, quando o mesmo diz que o Estado não deve interferir no modo como ele educar seu filho".

Sim , somo s livres para pensar e dizer o que pensmos no entanto: Assim como Bolsonaro, faz uso do direito de expressão ao dizer o que pensa sobre seu modo de educação, mas tambem expor seu asco e desrespeito em relação a gays , lésbicas, negros, fato este que atraiu até manifestações de apoio a sua pessoa, feita por skinheads nacionalistas e nazistas na paulista em 2011, Adolf Hitler chegou ao poder pelas mesmas vias democráticas e implantou o sistema responsável pelo maior genocídio da história do seculo XX. Pensemos nisso.





Vale ressaltar que sempre que o sistema liberal se viu (ou se vê) ameaçado, ele irá recorrer as armas e até ao fascismo como forma de manutenção de seu Status quo. Liberalismo e facismo andam sempre lado a lado.

Esta mesma democracia liberal , faz guerras imperialistas. Impõe a violencia de um Estado contra outro. Promove genocídios, o ódio racial, xenofobia. O novo perseguido do momento é o credo mulçumano e as guerrilhas anti imperialistas espalhadas pelo mundo.

Buscando ridicularizar o pensamento anarquista e valorizar o sentimento liberal que ele ostenta, o professor  chega ao cúmulo de dizer que Max Stirner (anarquista vivente do sec XIX) e Montesquieu (liberal tarado) são a mesma coisa", pois ambos querem a independencia do Estado (liberalismo e anarquismo). Pasmem! Eu quase pedi a conta da faculdade , depois disso!

É preciso salientar que Stirner não é levado emconsideração por anarquistas preocupados com a revolução, pois trata-se de um indivíduo egoísta, acima de tudo , um resultado patogenico da construção de um tipo ideial de pessoal que deve servir aos interesses do capital. Ser anaquista, ou mesmo comunista, pressupoe viver coletivamente e ambos sugerem , cada um a seu modo o fim do Estado.

Anarquistas não querem independencia do Estado , querem o fim do Estado. Os liberais não querem o fim do Estado , aliás o Estado é a maior instituição, responsável pela proteção do próprio sistema liberal , por meio de leis criadas pelo e para um Estado liberal. O sistema liberal , na teoria, só não aceita a intromissão do Estado as relações de negócios privados. No entando, desde Keines o Estado é o paisão por trás do filho liberal que o irá acudir em momentos de crise do sistema capitalista. O Estado liberal e suas leis buscam enfim , proteger os interesses da burguesia e não da classe operária. reformas feitas buscando beneficios para a classe operária não foram feitas pensando como quem deseja o bem universal e sim , manter a produção industrial das grandes metropoles e o acumulo de riquesas nas mãos os donos dos meios de produção,  buscando abafar a luta de classes por meio de reformas trabalhistas e coopitação de sindicatos pelegos.´

Isso tudo acima dito não é um mero discurso socialista e sim, uma análise da realidade tal como ela se deu e se dá de fato. Um sistema que se outorga a missão de conseder o direito a liberdade dos cidadão, não pode de fato regorgizar-se na condição de um sistema que promove a liberdade, pois quando alguem determina que outro é livre, significa que esta liberdade só foi concebida por meio da autoridade, autoridade esta depositada no Estado, que determinará as normos de conviveo. Logo a liberdade é uma mentira, pois ela é controlada por normas e regras criadas pelo Estado Liberal (burgues).

E por fim , quando eu pensava que não haveria mais merda a ser ouvida nesta noite do dia 27 de fevereiro de 2013, eis que o professor se lança em dizer que nos Estados Unidos sim se pode dizer que existe a divisão cultural percebida pela musica , tipo Rock pra brancos e RAP pra negros! Que no Brasil não exdiste isto! Que nas periferias de São PAulo, além de não ser composta só por negros, e sim pobres de todas as "cores", não há um movimento Hip Hop altenticamente negro, que o movimento hip hop no Brasil é "colorido". , que abriga todas as raças. Pena que não gravei esta aula.



A musica em geral é universal, ainda que ela represente a manifestações culturais e etnicas distintas e isto também se aplica ao Hip Hop , claro. No entanto, o ilustre professor 'Liberal", branco , clase média, que deixou claro seu racismo e "pré conceitos" em plena sala de aula, mais uma vez ofendeu comunidades inteiras que militam a cultura Hip Hop em São Paulo. Talvez se ele não fosse tão xenofobo, poderia comparecer a Ação Educativa às quintas feiras, este que está a menos de cem metros da faculdade manifesta seu preconceito e ignorancia, ou deixar de ser preguissoço e pegar seu carrinho e se dirigir à Cidade Tiradentes e conhecer o Forum Hip Hop .
http://forumhiphopeopoderpublico.blogspot.com.br/.

Vejam só meus amigos , esse é o cara que é contra cotas raciais nas faculs.e que se propõe a formar opiniões em uma Escola de Sociologia e Política. Ainda bem , que a maioria dos professores desta conceituada Instituição não são nem de longe como este cidadão.


No final da aula , quando lhe perguntei se estava de pé o debate, onde ele defenderia seu "ponto de vista" em relação as cotas raciais nas universidades, o mesmo disse que só participará se:

1º . o "oponente for professor de curso superior e tiver alguma obra sobre o tema publicada.
2º .  Ele não participará de debate com militantes, ou com pessoas que não  tiverem títulos de mestre , ou que ainda forem apenas professores de ensino médio. 
 e por fim , teve a cara de pau de dizer que não contra nem a favor as cotas raciais, mas que defende as contas sociais. 

Meus camaradas, cansei de fofoca, tirem suas conclusões.




Royo Y Negro





quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013


Aos companheiros e companheiras de luta, para ampla divulgação.


Nota de Repúdio da Frente Pró-cotas Raciais da USP sobre o PIMESP
(Programa de Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista)



Em novembro de 2012, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin,
auxiliado pelos reitores das três universidades públicas do estado
(USP, Unicamp e UNESP), veio à público anunciar um programa de cotas
para as respectivas instituições. O projeto, denominado Programa de
Inclusão com Mérito no Ensino Superior Público Paulista (PIMESP), tem
como objetivo a “inclusão com mérito”, ou seja, os estudantes cotistas
terão suas vagas garantidas para um college (sistema americano de
ensino, em que o aluno faz um curso básico antes de escolher uma
especialidade) semipresencial. Após dois anos, de acordo com a nota
que obtiver, o aluno poderá escolher um curso.
Consideramos que submeter a um “reforço” os alunos aprovados no
vestibular pelo sistema de cotas é ilegítimo. Instituir o college
seria reforçar uma discriminação negativa e acreditamos que tal
“ensino à distância” isola tais estudantes em seu acesso à
universidade.
Dois anos de espera irão atrasar o desenvolvimento educacional e
profissional dos estudantes cotistas, desestimulando sua permanência
na universidade.
A ideia implícita em tal programa é a noção elitista e racista de que
os estudantes cotistas seriam um entrave ao desenvolvimento da
universidade caso
não dotados de mesmo “conhecimento” que os estudantes não-cotistas
supostamente possuem. Consideramos tal ideia ilegítima dado que
pesquisas
apontam que o desempenho de cotistas é igual ou superior ao dos demais
estudantes e de que nenhum estudante deve ter seu conhecimento medido
e reduzido às lógicas de mercado vigentes nas universidades atualmente.
Além disso, criticamos o fato de que, no PIMESP, não há desvinculação
entre cotas raciais e sociais, ou seja, destinar o percentual de cotas
raciais de acordo
com a composição étnico-racial do estado não irá incidir sobre o total
de vagas, mas dentro dos 50% de vagas destinados a estudantes de
escola pública (o que reduz o percentual de cotas por critério racial,
portanto). Por fim, no que diz respeito à permanência, alunos com
renda familiar inferior a 1,5 salário mínimo (R$933,00) receberão uma
bolsa-auxílio de R$311,00, abaixo do valor das bolsas oferecidas
atualmente aos alunos, como no caso da USP, que são em torno de
R$450,00.
Esse programa é uma ofensa aos anos de luta que os movimentos sociais
travaram para garantir acesso e reparação à população negra e pobre.
Repudiamos completamente esse programa e exigimos que a implementação
de cotas seja feita em conjunto com os movimentos sociais. Há espaços
criados que vem discutindo isso, como a Frente Pró-cotas Raciais do
Estado de São Paulo, que tem total capacidade de criar um programa que
atenda de fato à população negra. Uma das tarefas que cabem à
Universidade de São Paulo é a de promover políticas significativas de
inclusão e permanência da população negra e pobre.
A responsabilidade social da USP é posta em xeque com a decisão
unânime do STF, em 2012, de que as cotas raciais são constitucionais.
A Frente Pró-cotas Raciais da USP espera que possa ser implantado um
projeto de ação afirmativa que efetivamente dialogue com as
reivindicações históricas do movimento negro
e da esquerda.
Não aceitamos uma proposta que venha “de cima para baixo”.

O QUE QUEREMOS E ESPERAMOS DA SEMANA DO HIP HOP 2013


Nando Comunista (Rapper, Educador e Sociólogo) /Integrante do Fórum HIp Hop Municipal – SP / Força Ativa




Passados quase trinta anos de existência do Movimento Hip Hop Paulistano a situação dos jovens indígenas, pretos, periféricos e favelados continua em desvantagem em relação à juventude burguesa e de classe média. Cerca de 8 mil jovens são eliminados anualmente na sociedade brasileira, em meio aos gritos de penas rígidas e redução da

idade penal, dos setores conservadores e midiáticos. A polícia militar continua a exterminar os jovens em todo o Estado Paulista, principalmente no município de São Paulo. E qual foi atitude do governo federal, fornecer aparato policial. Em nenhum momento o ministro José Eduardo Cardoso falou em garantia dos direitos humanos,
políticas de redução da miséria ou mesmo combate ao narcotráfico. 
Assistimos diariamente a eliminação dos nossos irmãos e amigos, os quais são executados pelas polícias militares e civis, conjuntamente com os mecanismos de controle, drogas legais e ilegais, igrejas, festas, bailes entre outros.
Estamos diariamente lutando contra o Genocídio, extermínio e eliminação física da juventude que desprezada pelo Estado Penal tenta se inserir em empregos, acessar as fontes de cultura, lazer, entretenimento, profissionalização, serviços de saúde, assistência
social e outras formas de realização da plenitude humana.

O Fórum Hip Hop Municipal -SP luta pela invisibilidade dos jovens, em 
especial os cercas de 1000 assassinados em São Paulo, somente em 2012,
esses jovens tem cor, um estereótipo de meliante segundo a polícia fundada na teoria de Nina Rodrigues e um endereço: as ruas, as favelas e a periferia em geral.
Afirmamos a materialidade da vida enquanto patrimônio da humanidade e não apenas de uma minoria privilegiada ou escolhida. E queremos que o Estado Brasileiro nos seus três níveis de governo (Municipal, Estadual e Federal) ratifique o artigo 227 da Constituição Brasileira de 1988, modificado pela emenda constitucional 65, a qual estabelece que a juventude é PRIORIDADE:

“Art. 227 É dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à
criança, ao adolescente e ao jovem, com absoluta prioridade, o direito
à vida, à saúde, à alimentação, à educação, ao lazer, à
profissionalização, à cultura, à dignidade, ao respeito, à liberdade e
à convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de
toda forma de negligência, discriminação, exploração, violência,
crueldade e opressão.
§ 1º O Estado promoverá programas de assistência integral à saúde da
criança, do adolescente e do jovem, admitida a participação de
entidades não governamentais, mediante políticas específicas...

Logo almejamos que da Semana de Hip Hop 2013 os governos dignem-se em:

1. Desmilitarizar a Polícia Militar e extinguir da Rota Comando;

2. Responsabilização do Governador do Estado de São Paulo Geraldo
Alckmin por crimes contra os Direitos Humanos e de Genocídio da
Juventude;

3. Formular, Implementar e executar em nível municipal do Plano
Nacional do Enfrentamento da Violência contra a Juventude Negra da
Secretaria de Geral da Presidência (Governo federal);

4. Implementar o Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania
– PRONASCI, na Cidade de São Paulo;

5. Criar uma Agenda de Enfrentamento da Violência Contra a Juventude Negra;

6. Realizar uma Campanha Municipal contra o Genocídio da Juventude
Negra, Indígena e periférica;

7. Promover a entrega do Prêmio Sabotage às posses, organizações
comunitárias e agrupamentos de Hip Hop que fazem trabalho
antirracismo..